sexta-feira, janeiro 19, 2007

Incoerências

Os apoiantes do "Não" dividem-se em duas categorias básicas: há os que acham que não se deve mudar a lei, mas também que não se deve aplicá-la; e os que acham que a lei se deve manter porque o aborto é, de facto, um crime.

Os primeiros são a favor do "Não" porque receiam que a despenalização do aborto seja o primeiro passo de uma série de "ataques" aos valores que defendem. No entanto, terão de admitir que defender uma lei e, ao mesmo tempo, pedir que não seja aplicada, é, no mínimo, incoerente.

Os segundos votam "Não" porque consideram que o aborto é um crime, quaiquer que sejam as circunstâncias em que decorre, porque se destrói uma vida humana.
Agradeço, então, que estas pessoas me expliquem porque razão não exigem que este "crime" seja julgado pelo que supostamente é: um homicídio voluntário, qualificado, premeditado, e agravado por se realizar sobre uma "criança" indefesa. Por este ponto de vista, tudo o que seja menos de 20 anos de prisão saberá a pouco...

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