domingo, janeiro 07, 2007

Irresponsabilidade jornalística

A execução de Saddam Hussein já fez correr muita tinta. Pondo de parte a discussão sobre a pena de morte, registo a atitude deplorável das televisões (falo das portuguesas, mas imagino que não foram a excepção), que decidiram mostrar as imagens "piratas" da execução.

Se é verdade que essas (e outras) imagens estão disponíveis na Internet, há uma grande diferença entre ser voyer e ir procurá-las, ou apanhar com elas em cima sem pré-aviso.
Especialmente em pleno telejornal e em horário nobre, quando muitas famílias estão reunidas frente à televisão. Há já notícias de várias crianças, em vários países, que, depois de assistirem a estas cenas, resolveram imitá-las, tendo algumas dessas crianças morrido asfixiadas.

A ética jornalística tem sido atropelada demasiadas vezes, com tendência a piorar. Os provedores dos vários orgãos de comunicação social são um bom incentivo a que a situação melhore - vide, a este respeito, o autêntico raspanete que o provedor do Público dá hoje a uma jornalista desse jornal a propósito de um caso de plágio -, mas será demais pedir aos jornalistas que pensem melhor antes de agir?

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