quarta-feira, maio 09, 2007

Barbaridades

Há tradições bárbaras que se mantêm apenas por o serem.
Já aqui referi várias vezes o caso da tourada, uma tradição que só não foi criada pela Inquisição porque, provavelmente, na Idade Média ninguém se lembrou de acusar os touros de bruxaria.

Outra dessas tradições, quiça com mais adeptos e defendida por pessoas insuspeitas, é a caça. Se não estou em erro, já várias vezes vi/li Manuel Alegre e Miguel Sousa Tavares, entre outros, defenderem este pseudo-desporto em que homens supostamente civilizados se divertem a ferir e matar animais.

Não me venham com histórias sobre o sofrimento dos animais criados em aviários e afins. Uma coisa é a sobrevivência humana, o que implica matar para comer; outra, bem diferente, é matar por prazer, mesmo que, no final, se comam as vítimas.
E se Miguel Sousa Tavares tem razão ao alegar que, na maior parte das vezes, acaba um dia de caça com 1 ou 2 peças, ou mesmo nenhuma, então que use pólvora seca, sempre faz menos estragos.

Ah, e já agora não se esqueçam, senhores caçadores: apanhem os cartuchos que largam monte fora. Que eu saiba, não são propriamente biodegradáveis...

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