Cascais desfigurado
António Capucho foi eleito há já vários anos, apresentando-se como o salvador de um concelho "cimentado" por José Luis Judas. Os executivos (já vai no segundo) de Capucho, apesar de muitas falhas noutras áreas, têm conseguido uma aparente acalmia na fome de construção de todos quantos têm uma mãozinha no negócio imobiliário.
Infelizmente, de tempos a tempos, Capucho aparece a borrar a pintura. Aconteceu com o Hotel Estoril Sol, condenado a ser substituído por 3 torres de grande dimensão, não se percebendo bem se se ganha alguma coisa com a troca.
Acontece agora de novo, com a proposta de construção de uma torre com 100 metros de altura, para albergar um hotel em plena marina de Cascais.
Argumentado com a requalificação da marina, com a beleza arquitectónica e "inteligência" do edifício, lá vai avançando com o projecto.
Na foto divulgada pela Câmara Municipal de Cascais (CMC), e publicada na maioria dos jornais, o "mostrengo" nem parece assim tão mau. Aparentando ser mais pequeno do que os seus 100 metros poderiam fazer crer, e com uma cor (?) etérea e vaporosa, mal se dá por ele.
A técnica da "não cor" é, aliás, usada em todas as fotos disponíveis no site da empresa de arquitectura autora do projecto. O objectivo é, digo eu, dar a ideia de que se trata de algo transparente, que quase se confunde com a paisagem. No entanto, não me parece difícil perceber o que se vai ver a partir de toda a costa de Cascais e Estoril, se o projecto for avante: um "farol" aberrante e gigantesco, a nascer em pleno mar, e destruindo de uma vez por todas uma das mais bonitas baías portuguesas.
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