terça-feira, maio 22, 2007

Menos escola, menos família

Nem de propósito, o Público de hoje apresenta uma reportagem sobre um dos problemas que apontei ontem: a dificuldade em ter acesso às creches e jardins de infância públicos, não só pela sua escassez, mas também pelo reduzido horário de funcionamento, incompatível com o horário de trabalho da maioria dos pais.

Não é raro, tal como reportado no artigo de hoje, uma criança não conseguir entrar numa escola pública antes dos 5 ou 6 anos, criando por vezes situações complicadíssimas aos pais, que se vêem obrigados a arranjar alternativas sem qualquer apoio do Estado.
«A lei-quadro da educação pré-escolar aprovada em 1997 diz: "Incumbe ao Estado criar uma rede pública de educação pré-escolar." Já passaram dez anos.» (in Público, 22/05/2007)

O actual Governo prometeu recentemente aumentar em 50% o número de estabelecimentos públicos de ensino pré-escolar, no prazo de 3 anos. Como parte directamente interessada, estarei atento.
E aproveito para lembrar que não basta "inventar" novas escolas - é preciso que tenham condições adequadas, algo que muitas das actualmente existentes não tem.
Por exemplo, o jardim de infância frequentado pelo meu filho mais velho tem uma única e pequena sala de actividades com pouca luz e sem aquecimento, uma raquítica zona de refeições, e um minúsculo telheiro no recreio, para os dias de chuva. Tudo isto num edifício que não foi construído para ser uma escola (creio que eram os balneários de um recinto desportivo), tendo sido emprestado pela Junta de Freguesia já lá vão muitos anos. Era suposto servir apenas enquanto não fosse construída a escola definitiva. Que eu saiba, nem terreno há...

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