sexta-feira, maio 25, 2007

Os excessos de MST

Ainda há poucos dias fiz uma referência a Miguel Sousa Tavares (MST), por este defender a prática da caça desportiva.
Confesso que tenho um grande respeito por MST, por ser uma pessoa com um apurado sentido cívico, na medida em que participa activamente em muitas discussões em que o interesse público está em causa. Não tem medo de dar a cara, atacando e denunciando interesses obscuros de modo frontal e sem papas na língua.
É por isso que, por vezes, ao vê-lo defender causas em que não me revejo - a caça, o "direito" ao fumo - ou a lançar argumentos que roçam o irracional - FCP/Pinto da Costa, Ota -, fico algo desiludido e, por vezes, até me sinto algo "traído".

Esta sensação atingiu o pico há uns dias, quando tomei conhecimento do comentário que MST terá feito na TV a propósito da nova proposta de lei do tabaco. Pelos vistos, MST alega que o incómodo causado pelo fumo nos restaurantes não é nada quando comparado com o barulho das crianças.
Perante tal afirmação, só vejo duas hipóteses: ou MST deixou o seu lado irracional vencer, e vai dedicar o resto da vida a acompanhar a equipa do FCP a todos os jogos, sempre de autocarro (Ota não, cruzes canhoto!) e sempre de cigarro na boca e caçadeira ao ombro; ou então foi descoberto que o barulho das crianças provoca não um mas dois cancros (provavelmente um em cada ouvido).

Pelo sim pelo não, informo que troco as minhas 4 criancinhas (barulhentas q.b.) por 10 pacotes de Marlboro Lights ou 12 de John Player Special. Do mal o menos...

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