domingo, junho 18, 2006

Pontos negros, ou linhas negras?

Quando confrontados com as estatísticas que apontam Portugal como o líder dos acidentes rodoviários, ou com mais um fim de semana sangrento a caminho de férias, as autoridades usam e abusam da receita "excesso de velocidade".

Admitindo que este é um tema é que haverá tantas opiniões como opinadores, eu vejo como denominador comum da maior parte dos acidentes as más condições das nossas vias de circulação.

Genericamente falando, as estradas portuguesas são uma vergonha. Pavimentos dignos do Lisboa-Dakar, sinalização ausente onde é mais precisa, cruzamentos sem visibilidade, obras mal assinaladas; tudo se consegue encontrar em poucos quilómetros.
Os locais ondem morrem mais pessoas têm direito a fazer parte da lista de "pontos negros" quando, na verdade, as nossas estradas são autênticas "linhas negras".

Para tentar melhorar a situação, a DECO e a Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados organizaram uma campanha de denúncia de "pontos negros". Qualquer pessoa pode ir aqui e introduzir informação sobre problemas como danos no pavimento ou passeios, sinalização errada, falta de protecções, etc.

Eu já tenho umas ideias para lá pôr. E vocês?

1 comentários:

Em 18 junho, 2006 23:09, Anonymous Anónimo disse...

Eu acho que a culpa de grande parte dos acidentes é dos motoristas.
As estradas são linhas negras? De acordo.
Um risco permanente por muitas razões? Sabe-o quem viaja nelas.
Mas tristemente são as que temos e enquanto tivermos de viajar nelas temos de ter consciência do alto risco a que nos submetemos. Logo, por respeito pela vida dos outros e pelo direito à nossa tranquilidade, temos de adaptar a condução à realidade que é a nossa.

Se o partido dos passivos deste país não fosse tão poderoso, de certeza que muita coisa teria mudado nesse domínio.
Oxalá a campanha que está em exercício colha resultados.
Sejamos críticos em relação às campanhas dos governantes que nunca atacaram o fundamental e gastam muito dinheiro e energia com inutilidades.

 

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