sexta-feira, dezembro 29, 2006

Vítima do sistema

Já tem uma semana, mas não resisto a citar a carta de uma leitora do Público, publicada dia 22.
Esta senhora, de Coimbra (oh vergonha!), queixa-se de ter sido multada pelo simples facto de "circular pela via do meio". Ela que, coitada, "conduzia tranquilamente a cerca de 120 km/h", enquanto era ultrapassada por veículos "a velocidades bem superiores". Por isso escreveu a carta, para que "condutores igualmente incautos" fiquem de sobreaviso.

Eu aproveito a oportunidade para sugerir a esta senhora, e a todos os condutores incautos que pretendem circular tranquilamente pela faixa do meio, que deixem o carro em casa e andem de transportes públicos. Além de evitarem a multa, sempre são menos uns quantos a atrapalharem o trânsito.

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Eutanásia

O italiano Piergiorgio Welby conseguiu, finalmente, morrer, após anos a pedir que o desligassem da máquina que o mantinha vivo.
Um caso que, inevitalvelmente, traz à memória o de Ramón Sampedro, o espanhol cuja história inspirou o filme "Mar Adentro".
E ambos os casos trazem de volta a discussão sobre a eutanásia.

O direito à vida é isso mesmo - um direito, não um dever. Quem, na posse das suas capacidades mentais, exprime o desejo de morrer, deve ver respeitado o seu direito à morte.

A moral de uns não pode ser imposta em contradição com os direitos de outros. Ainda mais quando essa moral impõe um sofrimento atroz durante anos, às vezes décadas, a quem só deseja que o deixem morrer.

Welby dizia que a vida lhe era insuportável. O que é mais humano: deixá-lo morrer, pondo assim término ao seu sofrimento; ou obrigá-lo a viver (?), abusando do seu estado de paralesia para lhe negar o seu último desejo?

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terça-feira, dezembro 12, 2006

Outro exemplo da Irlanda

A Irlanda tem uma das leis anti-tabaco mais rígidas da Europa, sendo proibido fumar em qualquer recinto público fechado.

Não pondo de parte a hipótese de ser uma lei demasiado rígida - pois não dá aos propritários dos bares e restaurantes qualquer hipótese de decidirem o que querem -, a verdade é que é um verdadeiro prazer ir a qualquer sítio comer ou tomar um copo e não ser obrigado a fumar passivamente dúzias de cigarros noite fora.

Curioso é ver os clientes a darem uma saltinho à rua de vez em quando, para satisfazer o vício. De camisa, t-shirt ou top com alças, numa noite com ventos frios a rondar os zero graus, fico na dúvida se ainda consideram o acto de fumar como sendo um prazer.

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O exemplo da Irlanda

Aproveitando o fim de semana prolongado, dei um saltinho a Dublin. É impressionante ver como um país que ainda há poucos anos se contava entre um dos mais fechados e conservadores da Europa, é agora um país moderno e desenvolvido.

Tendo aproveitado melhor que nós o dinheiro da Europa, progrediu rapidamente, tendo uma sociedade multi-cultural, rica e jovem.
Comparando com Portugal, a Irlanda tem menos impostos, maior produtividade, menos despesas com a administração central, maior crescimento económico, uma população mais jovem (e uma taxa de nascimentos a subir!) e melhor formada, menos desemprego, etc, etc.
É um dos países mais ricos (per capita) da Europa, chegando ao cúmulo de ter aumentos reais acima da inflação!

A única coisa que me impediu de ficar por lá foi mesmo o facto de o Sol se pôr às 4 da tarde!

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Quanto custa ter família

No suplemento de economia - "Dia D" - do Público desta semana, alguns artigos descrevem como sai caro ter filhos em Portugal.

Este governo, que está tão preocupado com a sustentabilidade da Segurança Social, talvez devesse começar por aqui. Cortar nas despesas (leia-se pensões de reforma) não chega, é preciso aumentar as receitas, e isso só se consegue incentivando (ou, pelo menos, não desincentivando) as famílias a ter mais filhos.

Eu que o diga...

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