domingo, junho 25, 2006

Ajudar a AMI

A AMI - Assistência Médica Internacional é das organizações humanitárias que mais respeito.
E há tantas maneiras de os ajudar! Desde tornar-se "Amigo da AMI" ou simplesmente fazer um donativo, até aderir ao "Cartão Citi AMI Visa" ou "Cartão de Saúde AMI", passando pela entrega (para reciclagem) de radiografias, tinteiros ou telemóveis, é só escolher!

1 comentários:

Em 07 julho, 2006 10:05, Blogger mim disse...

Aqui está uma forma interessante, porque útil, de ser bloguista. Parabéns por divulgar interesses que vão além do futebol.

 

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Uma história mal contada

Factos:

1) Em 2004, um oftalmologista do Hospital Sousa Martins, da Guarda, gastou 40.000 euros do seu próprio bolso para aquirir dois equipamentos cirúrgicos, que instalou no hospital, para serem usados pelo serviço de oftalmologia.

2) A Administração do hospital moveu-lhe um processo disciplinar, alegando “violação dos deveres de zelo e de lealdade” por ter colocado os equipamentos sem autorização prévia da Administração do hospital.

3) Em 2006, a Inspecção-Geral de Saúde (IGS) arquivou o processo, considerando que o médico agiu de forma altruísta e que os equipamentos beneficiaram os doentes. A inspecção repreendeu ainda os gestores do hospital pela comportamento, antes e depois da aquisição dos equipamentos.

Pelo meio, acusações mútuas entre o médico e a administração relativamente à necessidade das máquinas, à bondade da acção do médico, ao comportamento da administração, etc.
Sou só eu, ou mais alguém sente que esta história está muito mal contada?


Alguns links:

Oftalmologista empresta equipamento ao Hospital (Terras da Beira, 25/Novembro/2004)

Directora e médico não se entendem (Nova Guarda, 23/Fevereiro/2005)

Hospital Repreendido (Jornal de Notícias, 21/Junho/2006)

Médico processado e depois louvado por comprar aparelhos para o hospital da Guarda (Público, 23/Junho/2006) [só para assinantes]

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terça-feira, junho 20, 2006

Razões de um ateu

Revejo-me em grande parte desta declaração, apesar de eu ser um pouco menos "radical", pois não me considero anti-clerical nem acho que a religião só possa ser considerada como algo estritamente do foro pessoal. Isto porque reconheço o papel social que algumas associações religiosas têm tido em prole dos mais necessitados. Na falta de associações cívicas de peso, muitas vezes são as religiosas que fazem grande parte do trabalho.

11 comentários:

Em 20 junho, 2006 22:40, Blogger GBorges disse...

Ateu ou agnóstico?
Abraço

 
Em 20 junho, 2006 22:55, Blogger naïf disse...

Eu sou ateu, na medida em que não acredito na existência de um deus ou de algum ser superior. Mas isso não implica ser contra quem acredita, nem atacar as associações religiosas apenas por o serem.
Neste ponto sou bastante mais tolerante que muitas religiões ou representantes das ditas...

 
Em 20 junho, 2006 23:15, Blogger GBorges disse...

" O agnóstico, à primeira vista, opõe-se não propriamente a Deus, mas sim à possibilidade de a razão humana conhecer tal entidade (gnose tem a sua origem etimológica na palavra grega que significa «conhecimento»). Para os agnósticos, assim como não é possível provar racionalmente a existência de Deus, é igualmente impossível provar a sua inexistência, logo, constituindo um labirinto sem saída a questão da existência de Deus, não se deve colocar sequer como problema, já que nenhuma necessidade prática nos impele a embrenharmo-nos em tal tarefa estéril.", http://pt.wikipedia.org

Encaixo-me mais nesta categoria. É claramente uma posição a nível pessoal, que tal como tu próprio sugeres "não implica ser contra quem acredita, nem atacar as associações religiosas apenas por o serem".

Abraço

 
Em 21 junho, 2006 00:32, Anonymous Anónimo disse...

gborges, mas há uma diferença fundamental que tem de ser referida: o ateu não acredita e tem a coisa resolvida; o agnóstico caracteriza-se pela dúvida: não acredita, mas tem dúvidas muitas vezes sobre a questão.

 
Em 21 junho, 2006 15:40, Blogger GBorges disse...

Capitolina,
Não é uma questão de dúvida mas uma forma pragmática de por a questão. O ateu acaba por cair no seu próprio dogma, o de não acreditar.

 
Em 21 junho, 2006 22:40, Anonymous Anónimo disse...

Miguel Torga e Vergílio Ferreira, que tomam estas temáticas nas suas obras, desejaram muito ser ateus. Exactamente porque isso seria a resolução do problema. Não criam em deuses e ponto final. O mundo, a partir daí, seria perspectivado com clareza.
Todavia, nenhum conseguiu evitar momentos em que a dúvida da existência de um ser superior lhes dominava o espírito. E daí se considerarem agnósticos.
Isto não contraria o sentido etimológico do vocábulo. Mas acrescenta-o.

 
Em 22 junho, 2006 11:02, Blogger naïf disse...

No meu entendimento, ser agnóstico é admitir que existe algo "superior", para além da compreensão humana. Ora, ao acreditar que pode existir algo que contradiz grande parte do conhecimento actual está-se a abrir as portas a tudo o resto, desde a existência de fantasmas até à possibilidade de falar com os mortos.
Como pessoa pragmática e realista que considero ser, para mim isto não faz sentido nenhum.
E antes que me respondam, digo já que eu sei que a ciência também avança com base na dúvida, e pondo em causa o que já se sabe. Mas uma coisa é duvidar das teorias de Einstein, outra é admitir que tudo o que existe é controlado por um "ser superior", e que nos limitamos a seguir caminhos já traçados.
Como diz Nemo no filme "Matrix":
"I don't like the idea I don't control my own destiny."

 
Em 22 junho, 2006 18:30, Blogger GBorges disse...

O agnóstico considera a discussão da existência de deus uma questão estéril:
"... não se deve colocar sequer como problema, já que nenhuma necessidade prática nos impele a embrenharmo-nos em tal tarefa estéril."

Não se trata de duvidar se deus existe ou não. A dúvida só aparece quando se põem hipóteses, hipóteses essas que nem chegam a ser formuladas à partida por a questão não ser sustentável, pertinente ou que falha a pena despender esforço intelectual.
Logo, no meu entender, o agnóstico é mais pragmático que o ateu.

O ateu, ao responder à pergunta, mesmo que de forma negativa, acha-a pergunta pertinente (porque a responde!). No entanto, responde sem base factual ou prova, caindo num dogma (verdade universal e indiscutível) semelhante aos que criticam noutros credos.

São pontos de vista :)
Abraço

 
Em 22 junho, 2006 19:06, Blogger naïf disse...

Num mundo em que a religião tem o poder que tem, parece-me óbvio que a pergunta é pertinente.
O ateu analisa o conhecimento actual e responde "não", porque a existência de deus não é compatível com esse conhecimento (e isto é a única prova que ele precisa).
O agnóstico responde "talvez", "não sei", ou "não me interessa". As duas primeiras respostas demonstram dúvida, a última demonstra alheamento da realidade.
Onde está o pragmatismo?

 
Em 23 junho, 2006 11:55, Blogger GBorges disse...

Não concordo com a afirmação de que o agnóstico ignora a realidade. As instituições religiosas só são importantes porque lhes atribuem demasiada atenção e ganham relevo perante a critica dos seus valores. Não quero dizer que as ignoremos mas que as devemos tratar da mesma forma como o fazemos relativamente a outras organizações com poder interventivo na sociedade. A questão da religião em si deve ser minimizada e até esquecida no que toca a relações institucionais. É, a meu ver, a forma mais inteligente de diminuir o poder de manipulação de massas que as igrejas detêm. Daí o pragmatismo...
Abraço

 
Em 05 março, 2009 17:52, Anonymous Anónimo disse...

concerteza, nós ateus temos um grande dilema, que é: "onde está seu deus?". um jovem da escola que frequento me perguntou, mais porque você não acredita em deus?, e eu lhe disse, e por que você acredita em deus?...é muito simples..cada qual com seu ponto de vista, o meu é esse!

 

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Provedores

Tem aumentado a bom ritmo o número de organismos e empresas que criam a figura do "Provedor do Cliente". Bancos, empresas de telecomunicações, empresas de transportes, seguradoras, jornais, etc, etc.

O Provedor é uma pessoa independente da empresa e, como tal, imparcial, podendo interceder em favor de clientes que se sintam lesados por essa empresa. A minha (curta) experiência no contacto com provedores é muito positiva, de modo que aconselho vivamente que, na próxima vez em que se sintam lesados por alguma entidade, comecem por descobrir se essa entidade tem um Provedor. Vão ver como o vosso problema é (pode ser) resolvido mais rápida e facilmente do que por outros meios.

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segunda-feira, junho 19, 2006

A "ética" da PT

No sítio da PT Comunicações há uma página intitulada "Código de Ética PT", onde diz coisas do estilo "Desde há muito que os vectores éticos constituem uma preocupação do Grupo Portugal Telecom." ou "As preocupações éticas enquanto referencial do comportamento do Grupo Portugal Telecom [...]".

Vem isto a propósito de uma carta que acabo de receber da dita PT Comunicações, e onde a dita "ética" se mostra na sua plenitude. [Nota: para se perceber bem o contexto, devo dizer que aderi à pré-selecção de um operador concorrente da PT, através do qual são feitas todas as minhas chamadas.]
A carta começa assim:

"Como solicitado, junto enviamos o Pedido de Desistência de Pré-Selecção, que deverá preencher e remeter-nos, de imediato, por RSF (não carece de selo)."

Valerá a pena dizer que eu não "solicitei" desistência nenhuma? E reparem no pormenor do sublinhado, que me deixa temeroso do que pode acontecer caso não envie imediatamente o dito pedido. Pedido esse que, aliás, já vem preenchido, faltando apenas a minha assinatura, não vá eu alegar que dava muito trabalho preencher o dito cujo.

Imaginem do que a PT seria capaz se não se tivesse as ditas "preocupações éticas"!

2 comentários:

Em 07 julho, 2006 10:36, Anonymous Anónimo disse...

Quando @ naif se fartar da PT (como eu já me fartei) e decidir desconectar-se de vez dessa empresa, tome cuidado com o seguinte: eles só desligam o telefone 15 dias depois de feito o pedido para esse efeito, e obrigam-nos a pagar o aluguer da linha durante esses 15 dias. Ou seja, desconecte-se sempre 15 dias antes do pretendido, e conte desde logo pagar 8 euros a mais do que o que necessita.

Luís Lavoura

 
Em 11 julho, 2006 16:46, Blogger Gi disse...

Tenho pré-selecção com outro operador já há algum tempo.
Recebo com frequência essa carta e outras com propostas tentadores e muitos telefonemas tb para anular a pré-selecção.
Só se lembram dos clientes depois de eles irem embora.

 

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Dar sangue - é fácil, é barato, e salva vidas!

Uma das maneiras mais fáceis de ajudar é dando sangue. É fácil (basta deslocarmo-nos a um ponto de recolha), é grátis, e sabemos que vai ser usado em quem realmente precisa.

Pode-se dar sangue:
- nos Centros Regionais de Sangue (CRS) de Lisboa, Coimbra e Porto
- nos hospitais
- junto das brigadas móveis de colheita de sangue
, que percorrem o País.

Para mais informações, e para saber qual o local mais perto onde podem dar sangue, consultem o sítio do Instituto Português do Sangue.

[Nota pessoal: a última vez que dei sangue foi há uns 2 anos atrás. Toca a pôr a dádiva em dia!]

1 comentários:

Em 19 junho, 2006 23:57, Anonymous Anónimo disse...

Haja muito quem siga o exemplo!

 

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domingo, junho 18, 2006

Pontos negros, ou linhas negras?

Quando confrontados com as estatísticas que apontam Portugal como o líder dos acidentes rodoviários, ou com mais um fim de semana sangrento a caminho de férias, as autoridades usam e abusam da receita "excesso de velocidade".

Admitindo que este é um tema é que haverá tantas opiniões como opinadores, eu vejo como denominador comum da maior parte dos acidentes as más condições das nossas vias de circulação.

Genericamente falando, as estradas portuguesas são uma vergonha. Pavimentos dignos do Lisboa-Dakar, sinalização ausente onde é mais precisa, cruzamentos sem visibilidade, obras mal assinaladas; tudo se consegue encontrar em poucos quilómetros.
Os locais ondem morrem mais pessoas têm direito a fazer parte da lista de "pontos negros" quando, na verdade, as nossas estradas são autênticas "linhas negras".

Para tentar melhorar a situação, a DECO e a Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados organizaram uma campanha de denúncia de "pontos negros". Qualquer pessoa pode ir aqui e introduzir informação sobre problemas como danos no pavimento ou passeios, sinalização errada, falta de protecções, etc.

Eu já tenho umas ideias para lá pôr. E vocês?

1 comentários:

Em 18 junho, 2006 23:09, Anonymous Anónimo disse...

Eu acho que a culpa de grande parte dos acidentes é dos motoristas.
As estradas são linhas negras? De acordo.
Um risco permanente por muitas razões? Sabe-o quem viaja nelas.
Mas tristemente são as que temos e enquanto tivermos de viajar nelas temos de ter consciência do alto risco a que nos submetemos. Logo, por respeito pela vida dos outros e pelo direito à nossa tranquilidade, temos de adaptar a condução à realidade que é a nossa.

Se o partido dos passivos deste país não fosse tão poderoso, de certeza que muita coisa teria mudado nesse domínio.
Oxalá a campanha que está em exercício colha resultados.
Sejamos críticos em relação às campanhas dos governantes que nunca atacaram o fundamental e gastam muito dinheiro e energia com inutilidades.

 

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quarta-feira, junho 14, 2006

Hino ao mau jornalismo

O jornal Público publicou, no dia 12 de Junho, um artigo sobre uma indiana a quem foi recusada a nacionalidade portuguesa, apesar de ser casada com um português e ter 2 filhos portugueses.
O título do artigo é "Juízes recusam nacionalidade a quem não sabe o hino", e o subtítulo é "Indiana casada com português desde 1997 viu ser-lhe recusada a pretensão de ser portuguesa por desconhecer factos revelentes [sic] de história ou da cultura".

Quem se der ao trabalho de ler todo o artigo, ou mesmo o acordão do tribunal, rapidamente percebe que o desconhecimento do hino nacional é apenas um dos muitos argumentos apresentados pelo tribunal:

A… não tem quaisquer conhecimentos da História de Portugal.
A… desconhece qualquer personalidade ligada à cultura portuguesa.
Não consegue indicar – com conhecimento mínimo da sua biografia - qualquer figura que se tenha evidenciado nas áreas literária, política, social, desportiva, artística portuguesas.
A… desconhece o hino nacional, não fazendo qualquer ideia quanto à respectiva letra ou música.
A… não tem ideia acerca dos usos e costumes tradicionais portugueses, em qualquer área.
A… tem uma ideia muitíssimo vaga da realidade política actual portuguesa, desconhecendo a esmagadora maioria dos respectivos intérpretes, bem como o regime político vigente e seus antecedentes.


Apesar de o subtítulo do artigo ser um pouco mais exacto do que o título, todos sabemos como este é que é lido, relido e trelido, copiado e divulgado, e discutido à mesa dos cafés. Rapidamente, outros orgãos de comunicação social seguiram a receita. A TSF diz "Nacionalidade rejeitada a indiana por não saber hino", o PortugalDiário populariza para "Não sabe o hino? Não é português".
O próprio Público, dois dias mais tarde, volta a pegar no tema com um inquérito de rua bastante elucidativo - "Concorda que se recuse a nacionalidade a quem não saiba o hino nacional?" -, com os resultados expectáveis.


Posto isto, dois pensamentos:

1) A atitude dos media, não sendo surpresa, é simplesmente deplorável. O jornalismo não precisa destes exemplos, anteriormente exclusivos do "Crime" e do "24 Horas". O chamado "jornalismo de referência" rapidamente deixa de o ser, pois a credibilidade não se compadece com este tipo de atitudes.

2) A decisão do tribunal também não me merece simpatia. Por mais defensável que seja do ponto de vista estritamente legal, eu não a apoio. Concordo que deve haver vários critérios, para além do casamento, para atribuir a nacionalidade portuguesa, e a integração social é um desses critérios. Já o saber o hino ou conhecer a realidade histórica e política é questionável, especialmente se pensarmos nos largos milhares de portugueses que estarão no mesmo nível de ignorância. Deveriam perder a nacionalidade por causa disso?
Acima de tudo, parece-me que é uma decisão que peca por falta de humanismo. Que sentido faz uma mulher casada com um português, com filhos portugueses, a viver e a trabalhar legalmente em Portugal, não poder aceder à nacionalidade portuguesa? Já imaginaram a humilhação desta mulher no aeroporto de Lisboa, a ver o resto da família a passar rapidamente pelo guichet reservado a nacionais da União Europeia, enquanto ela espera e desespera na fila ao lado, é revistada dos pés à cabeça, vê a respectiva bagagem aberta e inspeccionada em pormenor?
Senhores, haja decência! Os orgãos de poder, especialmente os executivos, devem ser os primeiros a mostrar flexibilidade perante casos destes. Exige-se justiça, e não autoritarismo.

6 comentários:

Em 18 junho, 2006 22:55, Anonymous Anónimo disse...

O que seria da nossa identidade se deixássemos de ser originais?...
Quando o bom senso se vender em pílulas (fabricadas nalgum país distante...) talvez adquiramos umas caixitas...

 
Em 06 julho, 2006 15:01, Anonymous Anónimo disse...

Com os mesmos pressupostos em que assentou a crítica ao jornal, não valeria a pena proceder à leitura da lei antes de criticar a decisão.Os tribunais não fazem lei.Aplicam-na.

 
Em 06 julho, 2006 18:21, Anonymous Anónimo disse...

Vejo que é dos que gostariam de alargar as fronteiras pela via da nacionalidade...
O "português" era antes "queniano", a esposa do gujerat provavelmenta ambos muçulmanos.Os filhos já são portugueses.Há que manter sempre , mesmo que por via importada uma boa dose de pobres que é para haver votações favoráveis e haver com quem dividir o "surplus" orçamental...

 
Em 07 julho, 2006 13:21, Blogger Abruxo disse...

Embora a questão essencial seja a qualidade do "jornalismo de referência" dos nossos dias, aqui sobejamente retratado...
deve haver normas claras na atribuição da cidadania portuguesa que não permitam o oportunismo de dois pesos e duas medidas na sua aplicação, só porque nos dá jeito em algumas circunstâncias.
A título de exemplo:
Terão aplicado o mesmo inquérito cultural e/ou pediram ao Francis Obikwelo ou ao Deco e outros futebolistas da nossa praça (com todo o respeito que eles me merecem) para cantar o Hino Nacional?
Saberão eles quem foi o primeiro rei de Portugal ou quem foi o Infante D. Hentique?
Estou em crer que não.

 
Em 08 julho, 2006 17:03, Anonymous Anónimo disse...

Com tanta iliteracia em Portugal, haverá outra forma de dar as noticias que não seja por frases curtas e slogans?

 
Em 12 julho, 2006 17:17, Blogger astrid disse...

Naif presta um bom serviço à comunidade ao publicar "isto".

Esta notícia tb é naifismo (não é do tipo do seu, que é de divulgação, bem intencionada)
O deles é um exercício de maldade e mediocridade, onde o destino lusíada, cada vez mais, brilha.
É pena !

 

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quinta-feira, junho 08, 2006

Benvindo?

Na televisão, um jornalista português descreve o dia-a-dia dos nossos futebolistas na Alemanha, junto a uma placa com os dizeres "Benvindo Portugal".
Talvez não fosse má ideia avisar o autor da dita placa que a palavra "benvindo" não existe, pelo menos no sentido em que está a ser usada, tal como explica o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa:

A palavra Benvindo existe na língua portuguesa, mas é um nome próprio. Para dizer que alguém vai ser bem recebido ou que chegou bem, é necessário usar o hífen: bem-vindo. O nome também pode ser utilizado no feminino: Benvinda.

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Publicidade e Ética

Se há algo que me irrita, neste mundo onde tudo se vende e tudo se compra, são alguns métodos de publicitar e vender. Publicidade oculta em todo o lado, enganosa no que anuncia, disfarçada de inquéritos de opinião. Vendas por telefone a toda a hora, incluindo noites, fins de semana e feriados. A caixa do correio sempre cheia de lixo, um desperdício de papel que nem para limpar o rabo serve.

O caso que mais me surpreende (ou talvez não) é o da revista Proteste. É editada pela "DECO PROTESTE, Editores", detida pela DECO (Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor) e pela Euroconsumers (Consumidores Europeus), que congrega várias associações europeias para a defesa do consumidor.
Dado o objectivo da revista, e tendo em conta quem a detém, era de esperar que desse o exemplo. Em vez disso, segue a mesma onda de todos os outros.
O mailing é constante, seja incluído em jornais seja directamente para as nossas casas. Oferecem "presentes" aos novos assinantes, mas ninguém sabe exactamente de que se trata. Oferecem agendas electrónicas que se parecem com computadores de bolso (PDA), mas que não passam de calculadoras com design. Oferecem máquinas fotográficas digitais das quais nem a resolução referem. Oferecem leitores de mp3 mas nem sequer dizem a capacidade dos ditos. Enfim, um monte de inutilidades que no papel parece terem valor, mas que na realidade não passam de cópias baratas e de má qualidade.
Com exemplos destes, alguém se admira da rebaldaria que reina nesta área?

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terça-feira, junho 06, 2006

Reclamar vale a pena (2)

Outro exemplo de reclamação bem sucedida, ocorrida já lá vão uns anos:
Ao fim de 3 semanas no Nepal, tinha cerca de 20 rolos de fotografias para revelar. (Isto ainda é no tempo em que as máquinas digitais são só para quem pode.)
Tinham-me dito que deveria revelar as fotos no local, pois era muito mais barato do que em Portugal. Assim fiz, e no último dia de estada lá fui à loja buscar as 600 e tal fotos. Resumindo o resultado em duas palavras: qualidade zero!
Agora tentem convencer um tipo com outra cultura, no país dele, a poucas horas de apanhar o avião, a devolver o dinheiro de centenas de fotos!
Digamos que envolveu muita discussão, muito apelo à ética (?) do dito senhor, e muito olhar para o relógio a ver se ainda tinha tempo para aquilo.
No final, lá consegui o dinheiro de volta. E apanhar o avião!

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Reclamar vale a pena (1)

Diz-se que reclamar é um direito, eu aprendi que é um dever. Ao longo da minha vida tive vários exemplos de como isto é verdade, e de como vale a pena reclamar. Eis o último caso, ocorrido o mês passado:

O meu carro andava com dificuldades em pegar. Rodava a chave e tudo o que acontecia era acender-se uma luz amarela no painel. Rodava a chave para trás, voltava a rodar para a frente, e voltava a acender-se a luzinha amarela. Isto repetia-se até eu ter a sorte de a luz não acender, podendo então finalmente pôr o carro a trabalhar. Às vezes eram 30 segundos, outras 5 minutos. Cheguei a estar 15 minutos nesta brincadeira!
Levei o carro à oficina. Quando o fui buscar, a factura contabilizava 93 euros para o arranjo. E qual era o problema? Erro no software do computador de bordo, foi preciso um upgrade para uma versão mais recente.

Um leigo em questões informáticas poderia satisfazer-se com esta justificação, mas qualquer pessoa minimamente informada sabe que o software não se estraga, não se avaria e não se deteriora. Se havia um erro de software, esse erro já lá estava quando eu comprei o carro, e portanto é um defeito de fabrico. Nem que o carro tivesse 30 anos, continuava a ser um defeito de fabrico!
Na altura tive de pagar o "arranjo", para poder trazer o carro. Assim que cheguei a casa, lá vai e-mail para a oficina e para o importador, com a reclamação devida. Três dias depois, fui informado que a quantia paga me seria devolvida.

Resta saber se foi só para mim, eu se vão mesmo deixar de tentar enganar as pessoas com o truque do software...

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segunda-feira, junho 05, 2006

1 de Junho - Dia da Criança

Dia das minhas crianças.









Nota: Ironicamente, este post vai atrasado por culpa destas mesmas crianças. Doentes em simultâneo, um intervalinho para ir ao computador é pura miragem.

2 comentários:

Em 05 junho, 2006 14:44, Blogger Flour disse...

Coisas lindas :-)

 
Em 06 junho, 2006 12:09, Anonymous Anónimo disse...

Viva o dia da criança! Os meus sobrinhos são os mais bonitos.
Opinião (nada parcial, claro) do tio.

 

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