sábado, março 24, 2007

Diques e tiques

Ainda há quem não tenha reparado que a Natureza é mais forte do que o Homem. Quando conseguirmos, finalmente, destruir completamente este planeta que habitamos, a Natureza cá ficará, para se alimentar das nossas cinzas.

Isto a propósito das últimas marés vivas, que já "comeram", pelo menos, um bar e um parque de campismo na Costa da Caparica.
O "povo" diz mal do Governo porque não protegeu as tendas, os fogareiros e os chinelos de enfiar no dedo, e até o Marques Mendes faz o sacrifício de arregaçar as calças para ter mais 5 minutos de tempo de antena.

Eu digo mal do Governo pelo motivo oposto. Para que diabo se andam a gastar milhares em areia e pedras, na vã tentativa de evitar o inevitável?
O que é preciso é distinguir o que se quer salvar e o que não vale o esforço. Depois é fazer diques a sério (a la Holanda) para o que interessa, e no resto deixar a Natureza seguir o seu percurso.
E não me parece que um parque de campismo que mais parecia um bairro de lata faça parte do primeiro grupo...

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Mecenas, procura-se

Esta semana fui dar sangue. Fiquei a saber que a comida que dão no próprio local aos dadores, para que possam compensar rapidamente a perda de sangue, tem de ser adquirida pelo próprio Instituto Português do Sangue.
Será possível que não haja nenhuma empresa de produtos alimentares que possa dispensar uns sumos e umas bolachas para apoiar acção tão meritória?

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Em 18 abril, 2007 08:48, Anonymous Anónimo disse...

... com o generoso patrocínio das morcelas Nobre...
:))
ratmic

 

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quarta-feira, março 21, 2007

A Austrália é nossa!

Foi recentemente editado um livro - "Beyond Capricorn", de seu nome - que demonstra que os portugueses chegaram à Austrália 250 anos antes dos ingleses.
Infelizmente, nessa altura ainda não havia a Conservatória do Registo Predial, e deixámos escapar os cangurus por entre os dedos.

Isto vem demonstrar, mais uma vez, que o problema do nosso pessimismo colectivo advém de termos nascido tarde demais. Tivéssemos estado por aqui há 485 anos atrás, e só teríamos motivos de orgulho em ser portugueses.

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segunda-feira, março 12, 2007

Quase tudo incluído

Nunca tinha experimentado passar férias no sistema "Tudo Incluído", muito devido a algumas desconfianças que acabei de confirmar.
Apesar de algumas vantagens óbvias - saber de antemão quanto vão custar as férias; não termos de nos preocupar com o restaurante onde vamos a cada refeição -, creio que, no final, acabamos por perder bastante.

Perdemos o contacto com o sítio e as gentes que estamos a visitar - o facto de o hotel "dar" tudo o que precisamos é um convite a ficar por lá, bebendo, comendo e participando o mais que pudermos nas diversas actividades disponíveis. Caso contrário, vamos achar que não aproveitámos como devíamos...

Perdemos a oportunidade de experimentar a cozinha local - tendo as refeições todas pagas no hotel, porquê ir pagar mais lá fora? Acabamos assim por comer sempre as mesmas coisas, sob o eufemístico nome de "cozinha internacional", que sabe ao mesmo em todo o lado. E se é verdade que alguns hotéis alegam ter comida "típica", acaba por ser uma fraca experiência, raramente comparável à verdadeira cozinha local.

Perdem as populações locais, pois além de muitos turistas não chegarem a consumir nas lojas e restaurantes fora dos hotéis, não é raro estes hotéis serem abastecidos quase exclusivamente de produtos importados, fazendo com que o dinheiro do turismo acabe por pouco beneficiar as gentes locais.

Perde a nossa saúde, pois os diversos bares abertos todo o dia são um convite para passar o tempo a consumir cocktails, cervejas e refrigerantes, muito para além do razoável e do que faríamos se tivéssemos de pagar cada copo que consumimos.

Enfim, não tendo ficado fã, pelo menos já experimentei...

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Em 14 março, 2007 22:09, Blogger catarina disse...

Mas deu para descansar???? A praia era boa? Neste momento eu ia feliz para um destino "tudo incluído"!

 

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segunda-feira, março 05, 2007

Boletim meteorológico

"Boletim meteorológico volta à RTP passados 17 anos"

Ainda não vi, mas estou curioso - qual o estilo adoptado? "Barbie" ou "Anthímio de Azevedo"?

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Em 06 março, 2007 11:48, Blogger SC disse...

Só espero é que não ponham de novo Vivaldi.

 

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Para melhor, muda-se sempre

O meu novo local de trabalho vai ter esta envolvente:

Quando quiser refrescar as ideias, basta ir dar uma volta...

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Em 09 março, 2007 21:50, Anonymous Anónimo disse...

sortudo! Onde fica esse remanso'

 

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domingo, março 04, 2007

Alhos e bugalhos

Outro "anúncio" do Público de hoje chamou-me a atenção:


Nunca tendo ouvido falar da Unitaid, fui ver o que era - uma associção que pretende facilitar o acesso a medicamentos por parte dos países mais pobres.
Sendo impossível não concordar com o mérito desta iniciativa, já torço o nariz ao modo como pretende financiar os seus objectivos, modo esse bem claro no referido anúncio: através de uma taxa sobre bilhetes de avião.

Segundo o site da Unitaid, a indústria do transporte aéreo é uma das que mais tem beneficiado da globalização e, como tal, é "apropriado" que essa mesma indústria ajude a distribuir esses mesmos benefícios.

Para começar, parece-me que quem vai pagar essa ajuda são os passageiros, e não a indústria.
Mais importante, não vejo bem a relação directa entre viajar de avião e pagar medicamentos para o terceiro mundo. É que o argumento é igualmente válido para introduzir taxas para muito mais coisas, para as quais não percebo porque é que quem viaja de avião tem mais obrigação de pagar do que quem não viaja.

Se alguém for à tal conferência do dia 6, agradeço que depois me explique o que é que eu não estou a perceber...

2 comentários:

Em 05 março, 2007 00:08, Anonymous Anónimo disse...

Li algures que é só um euro por bilhete...
Estarei enganada?

 
Em 05 março, 2007 00:18, Blogger naïf disse...

É 1 euro para vôos europeus em classe económica, pode chegar aos 40 euros para outro tipo de vôos.
De qualquer modo o meu "torcer de nariz" tem a ver com o princípio, não com a quantia.
Porque não mais 1 euro para comprar comida para os pobres; outro para incrementar o estudo de doenças que afectem maioritariamente os países sub-desenvolvidos; mais um para combater a seca em África; etc, etc, etc?
São tudo causas meritórias, mas que não têm rigorosamente nada a ver com o acto de viajar de avião.

 

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Ainda o aborto

Ultimamente, tem surgido no jornal Público (ou deverei chamar-lhe apenas "P"?), num cantinho de uma qualquer página, um texto de um tal Alípio Guedes, intitulado "Como vai ser a nova lei do aborto?".
É uma espécie de artigo de opinião, só que pago pelo autor, pelo que acaba por cair na categoria de publicidade, apesar de não estar identificada como tal.
Não sei quando começou esta publicação, nem se o autor pensa com isto influenciar as discussões àcerca da nova lei do aborto, mas não deixa de ser algo intrigante.

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2 actores

Esqueçam o "Filme da Treta", "Inox", e outros espectáculos recentes menos conseguidos.
Com "2 Amores", em cena no Villaret, António Feio e José Pedro Gomes voltam aos bons velhos tempos de "O que diz Molero" e "Arte".
Um conselho: levem um lenço, para limparem as lágrimas. De tanto rir, claro!...

1 comentários:

Em 05 março, 2007 00:10, Anonymous Anónimo disse...

manda a coimbra.

 

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Uma boa notícia

"O Governo aprovou esta quinta-feira, em sede de Conselho de Ministros, uma proposta que prevê a proibição de fumar nos serviços da administração pública, estabelecimentos de saúde e de ensino."

(http://jornaldigital.com/noticias.php?noticia=13862)

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