terça-feira, outubro 24, 2006

Se calhar foi um sonho

Levantei-me às 7 da manhã; coloquei-me à porta do Centro de Saúde, na fila dos que não têm consulta marcada; paguei a taxa moderadora; aguardei pacientemente a minha vez; entrei no consultório, não estive lá mais de 5 minutos. O veredicto: "O senhor precisa de ir ao médico."

2 comentários:

Em 24 outubro, 2006 22:33, Anonymous Anónimo disse...

Compreende-se. Embora estivesses num consultório médico, não estavas com um médico. Logo...

 
Em 26 outubro, 2006 16:26, Blogger SC disse...

Essa só mesmo contada como anedota...!

 

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Deve haver uma lógica por trás disto

Enquanto preparo uma visita à Serra da Estrela, vou ao site do Instituto de Conservação da Natureza, e o que vejo?
A Sede do Parque Natural da Serra da Estrela, onde se situa o Centro de Interpretação, assim como as respectivas delegações, estão abertas de 2ª a 6ª feira, excluindo feriados!
O ICN deve pensar que os malucos que, como eu, reservam exactamente os feriados e fins de semana para este tipo de visitas, não merecem mais atenção do que isto.

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sexta-feira, outubro 20, 2006

Ecovia com fim à vista?

A imprensa de hoje anuncia como provável o fim do sistema Ecovia, criado em Coimbra já lá vão quase 10 anos. Pelos vistos, a adesão nunca chegou aos níveis mínimos exigíveis (por quem?), tendo o serviço vindo a acumular prejuízos ano após ano.

Quando surgiu, a Ecovia foi elogiada no País e no estrangeiro. Parecia ser o caminho para uma diminuição drástica do número de carros que entravam na cidade, sendo um sistema simultaneamente confortável e (razoavelmente) barato.
Não sei de quem é a culpa do insucesso da Ecovia. Se da Câmara Municipal e dos SMTUC, que nunca conseguiram cativar as pessoas; se dos potenciais utilizadores, que preferem usar o carro particular independentemente de qualquer alternativa que lhes seja apresentada.
Mas dos argumentos que tenho lido e ouvido, tudo aponta para a segunda hipótese.

Vejamos:
- A Ecovia funciona das 7h00 às 20h00, podendo os utilizadores andar nos autocarros "regulares" dos SMTUC depois das 20h. Exceptuando para aqueles que trabalham até altas horas da noite, não vejo que este horário seja uma limitação.
- Um automobilista paga 1,90€ de estacionamento durante todo o dia, tendo ainda direito a 2 percursos (ida e volta ao centro da cidade) nos mini-autocarros próprios da Ecovia. Em alternativa, há um passe mensal por 45€, com acesso ilimitado ao estacionamento e utilização de toda a rede dos SMTUC. Para os que ainda acham caro, comparem com os preços em Lisboa, e depois venham falar comigo.
- Os mini-autocarros são confortáveis, passam com bastante frequência (máximo 15 minutos) e acima de tudo evitam o grande problema que é estacionar no centro da cidade.

Claro que o sistema não é perfeito.
Falta-lhe alguma flexibilidade, pois quem precise de usar outros autocarros (para chegar a zonas onde a Ecovia não vai) tem de comprar bilhetes adicionais (a não ser que tenha o passe mensal).
Por outro lado, só há parques nas entradas Norte e Sul da cidade, após ter sido encerrado o parque da Solum (entrada Este). Nunca houve parque na margem esquerda (entrada Oeste), o que pode ser uma condicionante importante.

Mas, tudo somado, uma avaliação global só pode ser positiva. No meu entender, é mais um exemplo de que as pessoas, em geral, não estão dispostas a abdicar do seu "direito adquirido" de levar o carro para onde quer que vão.

Verdadeiramente, tudo o que tenha "eco" no nome passa pelo mesmo: é muito aplaudido, todos dizem que é uma óptima ideia, mas ninguém está disposto a pagar o respectivo preço (seja em dinheiro, em conforto, ou noutra moeda qualquer).

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segunda-feira, outubro 09, 2006

Céu nublado


Comprei, pela primeira vez, o novo semanário Sol. Confesso que não tinha grandes expectativas, tendo em conta o director e o facto de ter sido anunciado como uma espécie de Expresso para as "camadas baixas".

Não me surpreendeu, pois, deparar-me com uma espécie de filho bastardo de uma ménage à trois entre o Correio da Manhã, o 24 Horas, e o Expresso.

Reconheço, no entanto, que o Sol nos trouxe algo de valioso: 8 bons filmes em DVD, oferta do Expresso. Aqui fica o meu agradecimento sincero.

1 comentários:

Em 11 outubro, 2006 22:57, Anonymous Anónimo disse...

E o meu.
Perdeste uma página da grandiosa Filomena Mónica, ao não comprar o nº1.Li-a e aconteceu-me o que me acontece nesses casos:desejar mudar de sexo, por vergonha.
EU, do "Sol", apreciei uma coisa: o logótipo a mudar com as estações.

 

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Notas de um dia a dois (4)


Almodovar volve ao seu melhor nível. Com menos prostitutas, menos drogadas e menos travestis do que nos primeiros tempos, mas com as mesmas histórias de mulheres, sempre unidas, sempre elas. Almodovar dispensa os homens, relegados a meros (e raros) figurantes. E alguém lhes sente a falta?

2 comentários:

Em 10 outubro, 2006 00:22, Blogger Tiago Franco disse...

Fiquei rapidamente surpreendido (mais uma vez) quando o filme começa com a cena muito bem filmada do cemitério. É incrível a forma como Almodôvar nos consegue agarrar ao primeiro segundo do filme. A partir daí só se consegue desviar os olhos e respirar com calma quando o filme acaba. Como disseste e bem, mesmo sem recorrer a travestis e prostitutas, o 'Pedro' consegue surpreender, chocar e encantar. E mais uma vez a banda sonora foi muito bem escolhida, ficando a merecer um lugar na prateleira para aqueles momentos especiais...
E que não se diga que de Espanha nem bons ventos nem bons casamentos, porque este senhor já nos tem dado algumas lições de cinema.

 
Em 11 outubro, 2006 22:51, Anonymous Anónimo disse...

Eu recomendei a dezenas de pessoas o filme para ao menos verem aquele fantástico início, ainda que não tivessem tempo para mais. Verdadeiramente delirante.

 

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Notas de um dia a dois (3)

The Pillowman - O Homem Almofada, no Maria Matos até 15 de Outubro.

Uma peça muito negra, um drama com história pesada - centrada em infanticídios - com muito humor à mistura. Um texto que nos prende, um cenário despido mas onde não falta nada, quatro actores de bom nível.

A não perder!

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Notas de um dia a dois (2)

Após o almoço, quisemos ir de Alcântara ao Cais do Sodré, para dar um saltinho à feira do livro do Mercado da Ribeira.
São quase 3 km, demasiado para ir a pé.

Sobravam-nos as seguintes alternativas:
- autocarro: 4,80€ (1,20€ por pessoa e percurso)
- comboio: 4,20€ (1,05€ por pessoa e percurso)
- carro: 0,42€ (1 hora de estacionamento)

Adivinhem que alternativa escolhemos?
Obviamente, não foi a escolha mais ecológica, mas se não houver incentivos ao uso dos transportes públicos e/ou desincentivos ao uso do automóvel, alguém espera milagres?

3 comentários:

Em 11 outubro, 2006 10:54, Anonymous Anónimo disse...

É fácil adivinhar o que vai acontecer mais tarde ou mais cedo: Os preços dos transportes públicos vão manter-se inalterados e os preços da gasolina e estacionamento vão aumentar exponencialmente. Em suma, vamos gastar mais dinheiro e andar de transportes públicos.
Aquele Abraço
Gonçalo

 
Em 11 outubro, 2006 12:55, Blogger Manuel disse...

E quanto custou o combustível do automóvel?

 
Em 11 outubro, 2006 14:09, Blogger naïf disse...

Manuel,

Para uma distância de 3 km, consumo de 8 litros aos 100 (na cidade), a 1,02€ o litro de gasóleo, dá qualquer coisa como... mmmm... vejamos.... dá... bem, é fazer as contas!

Agora a sério: não incluí o preço do combustível nas contas por ser um valor tão baixo que não faz a mínima diferença.
A questão principal é que andar de transportes públicos dentro de Lisboa, em zonas não servidas pelo metro, é um pesadelo. E quando, ainda por cima, os preços conseguem ser superiores aos dos transportes individuais, não se pode esperar que as pessoas deixem os carros em casa.

Naïf

 

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Notas de um dia a dois (1)

Sexta-feira, 6 de Outubro. Um dia a dois, na vida a dois.
Pequeno-almoço à beira-mar, almoço à beira-rio, jantar na cidade.
Um passeio pelo Aqueduto, um salto à feira do livro usado no Mercado da Ribeira, uma peça de teatro, uma ida ao cinema.
Um dia cheio, pois destes há poucos e é preciso aproveitar. E sabe tão bem!...

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